Nx Zero explica a importância de Santos nos seus 11 anos de carreira

  Ainda aquecendo para subir no palco, principalmente Daniel Weksler que exercitava as mãos com uma bolinha, e ao som de um rock nacional, o NX Zero recebeu a imprensa em seu camarim durante a passagem por Santos. Enquanto a banda falava um pouco sobre sua história, a fila de fãs para conhecer os músicos com onze anos de estrada crescia cada vez mais do lado de fora e cinco mil pessoas gritavam “NX ZERO” na Capital Disco.

  Apesar de a cena ser um dos maiores sonho de todos os músicos, nem sempre a rotina da banda foi assim. No começo, eles batalharam muito, ainda batalham, tocando em diversos lugares e para qualquer pessoa que quisesse conhecer seu som, cena rotineira para bandas mais novas. Mas, o que pouca gente sabe é que Santos foi um dos principais palcos para o Nx Zero em seu início.

Os músicos se lembram de tocarem no Praia Sporting Bar, extinta casa de shows santistas, diversas vezes no começo da carreira. No qual, Gilberto Junior, vocalista da Analisando Sara, lembrou, em cima do palco, ter tocado com o NX há seis anos.


“A gente tem uma relação muito grande com a cidade. Tocamos muito aqui no começo de nossa carreira, no Praia Sporting Bar. Era maneiro lá. Teve até uma vez que viemos tocar aqui e não tinha ninguém na casa, nós fomos pra praia. Lembra?”, explicou sorridente o guitarristaGee.

Uma curiosidade interessante foi ressaltada pelo Celso, produtor da Rock Show Santos: o primeiro show que produtora santista organizou foi com o NX Zero, o que animou os integrantes da banda que se divertiam vendo o flyer, que Celso guarda no celular até hoje, e relembrado uma das diversas vezes em que se apresentaram na cidade.

Além da região ter sido palco de diversos shows do NX Zero em seu começo de carreira, a Baixada Santista também apresentou ao mundo uma das bandas preferidas e maiores influências da banda paulistana, segundo o vocalista Di Ferrero: o Charlie Brown Jr, que assistiu ao show do NX em Santos dobackstage.

Hoje, um ícone do rock nacional para a garotada mais nova, Di percebe que é uma influência para quem está formando bandas, visto que Santos é a cidade que mais tem bandas proporcionalmente, cada sala de aula tem ao menos uma. Mas, o vocalista garante que isso não influi no pensamento da banda na hora de compor.


“Acredito que somos uma influência para a molecadinha mais nova, que está criando banda agora, como o Charlie Brown foi para nós. Mas, não ficamos pensando em influenciar na hora de compor. Acreditamos que eles vão continuar gostando de nós”, explicou Di.


“Sei lá. Acreditamos que é natural. Ser influência não influencia no nosso passo. É algo natural, eles aprendem muita coisa com a gente como nós aprendemos com nossos ídolos. Pedimos ajuda para o Samuel Rosa (Skank) na hora de compor até hoje. O Jota Quest quem ensinou a gente ouvir música no camarim”, concluiu o baterista Daniel Weksler.

Quando a porta do camarim se abriu, foi possível ver o rosto alegre, com olhos brilhando, de dezenas de fãs do NX Zero que aguardavam para uma oportunidade, talvez única, de tirar uma foto com seus ídolos, enquanto eles permaneciam ouvindo um rock nacional em seu radinho e Daniel continuasse se aquecendo com a bolinha, até o momento de voltar aos palcos de Santos e perceber que, se um dia eles vieram se apresentar para as moscas em uma casa vazia, agora eles conseguem esgotar todos ingressos com dias de antecedência.

Fonte:Conras Team